Após ser publicada em 1687, a obra "Principia"
(Princípios Matemáticos da Filosofia Natural),
de Isaac Newton, criou um divisor de águas na Ciência da época.
Do cálculo diferencial ao estudo do movimento dos corpos,
incluindo conceitos sobre as trajetórias dos planetas,
Newton revela em "Principia", que é dividido em três livros,
as suas principais leis do movimento,
incluindo estudos sobre a Teoria da Gravitação Universal.
Newton trabalhou obstinadamente nesse artigo.
Estava generalizando a aplicação de sua dinâmica
a uma demonstração sistemática da gravitação universal,
que propunha um novo ideal de ciência.
A obra se tornou um marco na história da ciência.
É Um livro dificílimo, que poucos tinham condições de entender.
Newton tornou-se admirado rapidamente pelos matemáticos e filósofos
mais importantes da Inglaterra.
"Principia" é interessante por vários aspectos,
porque interagiu conhecimentos diferentes
que estavam dispersos em obras de autores como René Descartes,
Johannes Kepler e Galileu Galilei. Nesse caso,
Newton articulou as teorias desses três autores com base em cálculos matemáticos,
visto que nenhum outro havia aproximado o trabalho desses filósofos dessa maneira.
O que Newton recolhe de Descartes são as leis do movimento,
principalmente a primeira: a Lei da Inércia. De Galileu,
ele analisa os estudos das quedas dos corpos.
Já com relação a Kepler, Newton aborda as três leis do movimento planetário:
lei das elipses, das áreas e a Lei Harmônica.
O livro é divido em três partes: a primeira, "Fundamentos da Mecânica",
aborda a mecânica com base em raciocínios matemáticos.
O segundo livro, sobre a mecânica dos fluídos,
é menos importante e acabou não tendo uma historia tão rica
como a do primeiro e a do terceiro,
cujo título é "Sistema do Mundo" e abordou a
Teoria da Gravitação Universal para os planetas,
em que ele se volta para problemas referentes à mecânica celeste.
Do primeiro livro, Newton retorna a Lei do Quadrado Inverso da Distância
para calcular a força gravitacional nos planetas.
Ele descreve que todo corpo que se move em uma elipse
deve ser atraído pelo seu centro por uma força inversamente proporcional
ao quadrado dessa distância, criando, assim,
a Lei do Inverso do Quadrado da Distância.
Além disso, ele começa a considerar a massa dos planetas,
surgindo a segunda parte da Lei da Gravitação Universal.
Ou seja, as massas também influenciam a atração gravitacional.
O surpreendente disso tudo, é que a Lei da Gravitação Universal
explicou não somente o movimento planetário,
mas deu razão a outros fenômenos que eram atribuídos a essa lei.
A grande novidade está em introduzir o conceito de gravitação
a partir da relação entre os corpos, e não da qualidade da matéria,
como era baseada a teoria aristotélica.
Para ler "Principia", era preciso ter domínio da matemática
com alguns conhecimentos de cálculo diferencial e de astronomia,
incluindo, por exemplo, a trajetória dos corpos celestes.
Era muito raro ter alguém com esses conhecimentos mútuos no século 17.